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Banco Central adia lançamento do Pix parcelado em meio a reforço contra fraudes
Dourados Agora/Da redação
A regulamentação do Pix parcelado, que estava prevista para setembro, foi adiada pelo Banco Central (BC). A nova modalidade permitiria que consumidores parcelassem compras como em um empréstimo, enquanto o vendedor receberia o valor integral de forma imediata.
Segundo informações do jornal O Globo, o regulamento só deve ser divulgado em outubro e o manual de experiência do usuário ficará para dezembro, o que representa um atraso de até três meses. O motivo está ligado ao aumento das medidas de proteção contra ataques cibernéticos e fraudes milionárias que têm colocado o sistema financeiro sob pressão.
Entre as preocupações do BC estão investigações que apontam desvios com participação de instituições financeiras associadas a facções criminosas, como o PCC. Nesse contexto, a prioridade passou a ser reforçar barreiras de segurança antes de lançar novas funcionalidades.
O Pix parcelado foi concebido para padronizar operações de crédito que já ocorrem via Pix. Na prática, o cliente contrata um financiamento no ato da compra, paga em parcelas e o lojista recebe o valor à vista, reduzindo riscos para o comércio.
Nos últimos anos, o BC ganhou destaque internacional com uma agenda de inovação que incluiu o Pix em 2020, o avanço do Open Finance e os testes do Drex, a moeda digital brasileira. Mas, diante do crescimento das tentativas de fraude, a prioridade é blindar o sistema.
Entre as medidas recentes estão a limitação de R$ 15 mil por transação em instituições de pagamento sem licença, a obrigatoriedade de rejeição de operações suspeitas e regras mais rígidas para empresas de tecnologia que conectam bancos e fintechs ao BC.
Para especialistas, o adiamento representa uma desaceleração temporária da inovação e pode elevar custos no curto prazo. A avaliação geral, porém, é de que o reforço na segurança tornará o sistema mais robusto, abrindo espaço para avanços mais consistentes no futuro.