Chega a cinco o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol em MS

Dourados Agora/Flávio Verão


Bebida apreendida pela Vigilância Sanitária para fiscalização, em Campo Grande — Foto: Mirian Machado/g1 MS

O Ministério da Saúde confirmou a existência de cinco casos suspeitos de intoxicação por metanol em Mato Grosso do Sul. Três deles estão sendo investigados em Campo Grande, um em Ladário e outro em Rio Brilhante.

A gravidade da situação levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) a determinar que bares, restaurantes e supermercados reforcem imediatamente as medidas de segurança e controle na venda de bebidas alcoólicas.

O primeiro caso fatal sob investigação ocorreu na quinta-feira (2), em Campo Grande. A vítima, Matheus Santana Falcão, de 21 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória após sentir-se mal.

A Polícia Civil apura se o jovem foi intoxicado após consumir whisky e cachaça em uma conveniência no bairro Jardim Colibri. Amostras das bebidas foram recolhidas pela Vigilância Sanitária, que realiza análises laboratoriais para identificar a presença de metanol.

Estabelecimentos têm prazo para se adequar

Em resposta ao risco crescente de bebidas adulteradas, o MPMS fixou um prazo de dez dias úteis para que os comerciantes adotem medidas de controle rigorosas. Entre as exigências estão:

Verificação das bebidas no momento da entrega;

- Armazenamento de imagens das câmeras de segurança e notas fiscais;

- Checagem de lacres e rótulos em busca de indícios de adulteração;

- Comunicação imediata à Vigilância Sanitária, à Polícia Civil e ao Ministério da Agricultura em caso de suspeita.

As entidades representativas do setor — a Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) e a Amas-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados) — também receberam a recomendação e terão o mesmo prazo para informar se irão cumprir as determinações.

Alerta máximo

A intensificação da vigilância e das investigações ocorre em meio a um surto nacional de intoxicações por metanol, substância altamente tóxica utilizada em solventes e produtos industriais, mas que tem sido encontrada em bebidas falsificadas.

O governo estadual e o Ministério da Saúde mantêm mobilização permanente para rastrear possíveis focos de adulteração e reforçar o atendimento hospitalar em casos suspeitos.